sábado, 7 de dezembro de 2013

Rosa azul nasceu!



     Rosas são as flores mais vendidas e mais divulgadas no mundo. Além de serem o símbolo nacional da Inglaterra e dos Estados Unidos, pode-se dizer sem medo de que não existe nenhuma outra flor que as alcance em popularidade.
Em matéria de simbologia as rosas também são as ganhadoras. O significado das rosas passou a existir durante a época vitoriana, e foi dividido da seguinte maneira:

Rosas vermelhas: significam amor.
Rosas claras: Elegância
Rosa escuro: gratidão
Rosa bebê: admiração, simpatia.
Rosas brancas: inocência e pureza.
Rosa amarela: final de um amor.
Rosa laranja: paixão.
Rosa azul: mistério.
Rosa verde: calma.
Rosa negra: devoção total (é impossível se reproduzir uma rosa completamente negra).
Rosa roxa: amor materno.

     A fascinação por essas flores, que originalmente têm muito menos pétalas do que as descendentes modernas, vem desde os períodos mais longínquos. Esse símbolo de beleza para os gregos e romanos, também era cultivado por imperadores na China.
Mas não é só pela beleza que é admirada essa flor poderosa. Na coloração vermelha, também é utilizada como símbolo do socialismo e da democracia social em vários países como: Inglaterra, Irlanda, França, Espanha, Portugal, Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Holanda. Já a rosa branca foi usada como símbolo de um grupo de resistência não armada na Alemanha durante a segunda guerra mundial.
     Durante a história as rosas vêm sendo usadas continuamente. Em Roma, uma rosa selvagem seria colocada no batente de uma porta enquanto assuntos confidenciais estivessem sendo tratados no recinto. A frase “Rosa abaixo”, que era utilizado pelos romanos, queria dizer “manter um segredo”.
     Os primeiros Cristãos acreditavam que as cinco pétalas das rosas selvagens representavam os cinco ferimentos de Cristo. As rosas também eram usadas em rituais pagãos. Eventualmente a rosa vermelha acabou por representar o sangue de cristo e a rosa branca a pureza de Maria.
     O plantio de rosas só apareceu na Europa em meados do Século 18.
Existem centenas de espécies de rosas e milhares de variedades das mesmas. Elas foram modificadas para agradar os mais variados gostos. Muitas pétalas, perfume acentuado, coloração mais viva, multi-coloridas e até sem espinhos.
Para os poetas e românticos a rosa tem também seu significado único. Quem é que não se lembra da vaidosa rosa do Pequeno Príncipe?
     Muitos poetas usam a rosa como metáfora para descrever a mulher amada ou dores de amores causadas pelos espinhos.
Pintores como Renoir, Monet e Cézanne produziram belíssimas imagens dessa tão amada flor.
     Existem centenas de associações espalhadas mundo afora que cultivam essas beldades. Muitas delas todos os anos lançam algum novo tipo de rosa antes do dia dos namorados; algumas apresentam mudanças sutis enquanto outras são completamente inovadoras. Para poder ser descrita como uma nova rosa, as pétalas, folhas ou caules têm que apresentar alguma variação. Seja na cor, forma, odor ou quantidade de pétalas, essas podem variar de quatro até mais que uma centena, dependendo do tipo da rosa.
     Em 1990, a empresa japonesa Suntory e a empresa australiana  Florigene,  começaram a pesquisar uma maneira de ativar o gene necessário e conseguiram criar algumas rosas, mas a cor não é exatamente o azul que se esperava. Em 2004 o sonho da rosa azul se tornou realidade.

     A rosa azul significa o alcance do impossível e possui-la significa a realização de um desejo. Na cromoterapia a cor azul significa tranquilidade, serenidade e harmonia, mas em excesso pode causar sensação de monotonia e depressão, por isso deve ser usada moderadamente na decoração de determinados ambientes.  O azul simboliza também o céu, o mar, o infinito e o universo.
A rosa azul por ser tão rara também encontra-se representada em livros, músicas, poemas, e quadros de grandes artistas como Renoir, Monet e Cézanne.


     Existem muitas lendas que envolvem a rosa azul, uma delas conta que um sultão tinha uma filha, bela, formosa, porém teimosa. Já em idade de se casar, a jovem princesa insistia em não escolher nenhum pretendente para ser seu marido, porém o sultão insistia. A jovem bela e formosa para se livrar da insistência do pai, decidiu que só se casaria com o pretendente que lhe trouxesse uma linda rosa azul. O sultão espalhou então o decreto pela cidade, de que aquele que trouxesse a mais bela rosa azul, teria a honra de se tornar esposo de sua filha, a linda e teimosa princesa.


     Muitos se entusiasmaram, porém encontrar uma rosa azul, era uma missão praticamente impossível. Um jovem nobre, pensou em impressionar a linda princesa esculpindo numa bela safira a figura de um rosa, porém foi rejeitado e expulso do palácio do sultão, a princesa queria uma rosa verdadeira e não um objeto inanimado que representasse uma rosa azul.
     Um espertalhão que vivia a vida a cometer furtos pela cidade, ao saber do decreto do sultão e do desejo da princesa em se casar somente com um pretendente que lhe trouxesse uma verdadeira rosa azul, valeu-se de sua esperteza e foi consultar uma velha bruxa eremita que vivia distante da cidade. A velha senhora ensinou-lhe então que ele deveria pegar uma rosa branca e coloca-la num copo com água e um pigmento azul, e esperasse até o dia seguinte. Assim foi feito, o espertalhão, agiu como a velha bruxa lhe recomendou e na manhã seguinte, tinha a tão falada rosa azul. Correu ao palácio e apresentou o feito ao sultão, que entusiasmado correu para a filha e mostrou a tal rosa azul. A princesa como era muito inteligente esmagou as pétalas e disse ao pai que aquilo era um embuste e que aquela rosa era na verdade branca, e que o pretendente havia apenas colorido as pétalas de forma artificial.


     Desolado o sultão já não sabia mais o que fazer. Quando um belo dia de seu quarto, a jovem princesa ouve um bardo a cantarolar as mais belas melodias;  o encantamento foi tão grande que a jovem o convida para subir até a sua varanda e lá permanecem um bom tempo juntos a cantarem, trocarem poesias, etc. O amor nasce entre os dois, e ao fim da conversa a princesa pergunta-lhe se ele aceitava se casar com ela?! Ele imediatamente aceita, porém a princesa o lembra de que havia feito uma exigência ao sultão, de que só se casaria se fosse com um jovem que lhe trouxesse a tal rosa azul, e que portanto não poderia voltar atrás no que havia dito.  O jovem bardo não se afligiu e disse, não se preocupe, amanhã trarei a bela rosa azul.
     No dia seguinte, o jovem bardo, surge no palácio com uma bonita rosa cor-de-rosa, mostra ao sultão e diz que aquele é a mais bela rosa azul que havia encontrado para oferecer à princesa, o sultão espantado lhe diz que aquilo era uma rosa cor-de-rosa e que a princesa não iria aceitar; mas que iria apresenta-la na mesma.
O sultão segue para o quarto da filha, e lhe diz que um jovem bardo lhe havia trazido a tal sonhada rosa azul, mas que ele, o sultão, não via isso, o que ele via na verdade era uma rosa cor-de-rosa. A princesa (apaixonada) e muito inteligente, ao ver a rosa cor-de-rosa, exclama estupefata que jamais supunha que uma rosa azul fosse assim tão linda e que se casaria com o jovem bardo, já que ele foi o único a conseguir encontrar a tal rosa “azul”.
      Entre feitos, sonhos, amores e desamores, a rosa, seja amarela, vermelha, branca ou azul, permeará por todo o sempre na vida do ser humano como um dos símbolos mais sublimes da mãe natureza!
Editado
Fonte Lenda: Aletria